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Desvendando a margem de contribuição (e como lucrar com ela!)

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A empresa está vendendo bem, mas parece que não dá retorno. Já teve essa sensação? Se o sentimento vem acompanhado de uma dificuldade real em quitar as contas ou repor o estoque, já passou da hora de fazer uma revisão nos seus indicadores de negócio, como a margem de contribuição.

São várias as causas de um descompasso financeiro, e o ideal é que se faça uma análise conjunta dos diversos índices disponíveis para avaliação. Só assim é possível formar um diagnóstico preciso da situação financeira da sua empresa e reverter o quadro a seu favor. 

Para te ajudar a começar, hoje vamos tratar de um desses indicadores, a Margem de Contribuição. Você já ouviu falar dela? De forma simples e objetiva, vou te explicar o que é e como utilizar essa métrica a seu favor. Se você já conhece o termo, ótimo – é hora de saber se ele está sendo aplicado corretamente no seu dia a dia.

Continue a leitura para saber mais! 

Margem de Contribuição: o que é e como funciona

Também conhecida como Lucro Bruto, a Margem de Contribuição é uma das formas de representação do lucro. Ela é obtida pela diferença entre a receita adquirida na venda de um ou mais produtos e os seus respectivos custos e despesas variáveis.

Ou seja, é o valor que sobra da receita após o pagamento dos custos e despesas variáveis, como impostos, matérias-primas, fornecedores, salários do pessoal e outros gastos resultantes dessas vendas. 

É com o valor da Margem de Contribuição que você pagará seus custos fixos – daí o nome margem de contribuição, ou seja, como cada venda contribui para a manutenção do negócio. Somente depois de abater esses valores é que obtemos o tão desejado lucro, aquele “retorno” que faz o negócio crescer e prosperar. 

Margem de Contribuição na prática

Para entender como a Margem de Contribuição funciona na prática, vamos imaginar que a empresa Malas Ltda fabrique um único modelo de bolsa. A empresa tem um custo fixo de R$15 mil para essa produção e vende mensalmente 250 unidades.

A empresa Malas Ltda sabe que, para fabricar uma unidade da bolsa e colocá-la à venda – contabilizando matéria-prima, mão de obra, etc – o custo unitário é de R$100. Nesse valor não estão incluídas as despesas fixas (contabilidade, aluguel, energia, etc) apenas os custos variáveis.

Para vender essa bolsa, a empresa sempre aplica 50% sobre o valor de custo como sua margem de lucro. Assim, o valor de venda da bolsa é de R$150 e o faturamento mensal soma R$37.500. 

Custo da bolsa:  R$ 100,00
Margem de lucro Aplicada  = 50%
Preço de Venda = R$ 150,00

250 (Unidades vendidas) x R$ 150,00 (preço de venda) = R$ 37.500,00 (Faturamento)

Portanto, o cálculo da margem de contribuição ficará assim:

Margem de Contribuição = Valor das Vendas – (Custos e Despesas Variáveis)

Margem de Contribuição = R$ 150,00 – (R$ 100,00)

Margem de Contribuição ou Lucro Bruto = R$ 50,00

Esse valor de R$50 contribuirá para o pagamento das despesas fixas e apenas o restante será considerado lucro. 

R$50 (Margem de Contribuição) x 250 Unidades = R$ 12.500,00

Conseguiu enxergar o problema? Lá no início, estabelecemos que os custos fixos da empresa Malas Ltda. são de R$15 mil. Portanto, temos aí um déficit de R$2500 mensais, que automaticamente se tornam prejuízos na contabilidade do negócio, impedindo o crescimento da organização. 

E aí, o que fazer? No próximo tópico te dou a resposta!

Como evitar prejuízos usando a margem de contribuição

Para deixar de amargar o prejuízo  de R$2500 todo mês, a empresa teria de vender mais 50 unidades de bolsa todo mês – ou seja, aumentar as vendas para 300 unidades mensais, atingindo aí seu Ponto de Equilíbrio, a relação ideal entre custos e vendas para que todas as despesas sejam cobertas. 


Só a partir da unidade 301 vendida é que a empresa apresentaria algum lucro. Num primeiro momento, a solução parece simples – basta vender mais! A prática, no entanto, é um pouco mais complexa.


Vender mais nem sempre é a solução 

Antes de fazer um esforço para aumentar as vendas, é preciso considerar que os gastos também irão aumentar em um primeiro momento: você terá de aumentar sua capacidade de produção, assim como a força-tarefa de venda e distribuição.

Por isso é importante considerar outras alternativas, como negociar com seus fornecedores para diminuir os custos e possivelmente reajustar os preços, fazer promoções em itens encalhados, etc. Não existe uma solução única para todos os negócios, é preciso levar em consideração o contexto da sua empresa antes de tomar qualquer decisão.

Da mesma forma, a margem de contribuição pode não ser o índice que justifica a estagnação do seu negócio, e nem deve ser considerado isoladamente na hora de tomar decisões. 

Nos próximos posts falaremos mais sobre outros índices utilizados para fazer um diagnóstico do negócio, além de apresentar outras formas de usar o cálculo da Margem de Contribuição a seu favor no dia-a-dia. 

Até lá, você pode explorar os conteúdos do blog e aprender mais sobre custos invisíveis.  Até o próximo texto!

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